Rubens Menin, investidor majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético Mineiro, recentemente fez duras críticas à administração passada do clube, comandada por Alexandre Kalil. Em entrevista ao ge, Menin destacou que a atual gestão está lidando com uma "herança maldita" deixada pelo antigo modelo associativo do clube.

Críticas à Gestão Kalil
Menin foi categórico ao afirmar que o endividamento exponencial do Atlético teve início na gestão de Kalil. "Nós pegamos no Atlético uma herança maldita. Foi uma coisa horrorosa! Não adianta ganhar um título e destruir o clube financeiramente", disse Menin, enfatizando que essa situação não é exclusiva do Atlético, mas que o clube está trabalhando arduamente para melhorar sua gestão.

Foco na Eficiência
Para Menin, montar um elenco competitivo sem o faturamento expressivo de clubes como o Flamengo exige muita competência e eficiência dos gestores. Ele ressaltou a importância de não contratar sem planejamento e de usar o orçamento de forma eficiente para manter um time competitivo. "Tem que ter muita competência, não podemos errar", afirmou.

Prioridade na Libertadores
Com o Atlético garantido nas oitavas de final da Copa Libertadores, Menin deixou claro que o foco do clube será o torneio continental. "Se precisar concentrar forças em uma competição, daremos prioridade à Libertadores. E não só o Atlético, mas qualquer outro time brasileiro faria o mesmo", declarou.

Experiência Transformadora
Menin também compartilhou uma experiência pessoal que o fez repensar a gestão do clube. Em 2013, ao ver a delegação do Atlético no Mundial de Clubes da FIFA no Marrocos, ele se deparou com um "Trem da Alegria" patrocinado pelo clube, com despesas luxuosas que superaram a premiação recebida. "Quebraram todos os times, não adianta ganhar um título e quebrar o time. Eles acabaram com o futebol brasileiro", disparou Menin.

Caminhos para o Futuro
Desde 2020, Menin já investiu mais de R$ 330 milhões em contratações e pagamentos de salários no Atlético. A transformação do clube em SAF, com a profissionalização de todos os setores e a redução de dívidas, é vista como um passo essencial para garantir um futuro mais sólido e competitivo para o Galo​