Um relatório recente do Netskope Threat Labs destacou o crescente uso de aplicativos de Inteligência Artificial (IA) e de nuvem no setor de manufatura, o que, embora aumente a eficiência, também está abrindo novas portas para cibercriminosos. As empresas do setor agora utilizam, em média, 24 aplicativos em nuvem por mês, com o OneDrive liderando o ranking de popularidade. Sua adoção subiu de 43% para 58% no último ano, mas, ao mesmo tempo, ele se tornou o principal vetor de ataques de malware na indústria de manufatura, com 22% dos ataques cibernéticos explorando a plataforma.
Riscos elevados com o avanço da IA Além disso, o uso de IA também tem crescido consideravelmente. O Microsoft Copilot, por exemplo, já aparece entre os 10 principais aplicativos usados no setor de manufatura. Com a contínua adoção do Windows 11 e o fim do suporte ao Windows 10 no próximo ano, é esperado que o uso de ferramentas de IA como o Copilot aumente ainda mais.
No entanto, esse avanço vem acompanhado de riscos. Aproximadamente 50% de todos os downloads de malware HTTP/HTTPS em todo o mundo estão vinculados a aplicativos em nuvem, sendo o OneDrive o mais explorado, seguido pelo Sharepoint e GitHub, ambos com 10% de participação nos ataques. As principais famílias de malware utilizadas incluem GuLoader, AgentTesla, PhishingX, Grandoreiro e RaspberryRobin, destacando a flexibilidade dos cibercriminosos na entrega de diferentes tipos de ameaças.
Adaptação dos cibercriminosos
Segundo Paolo Passeri, diretor de inteligência cibernética da Netskope, os hackers estão diversificando suas estratégias ao implantar ferramentas como downloaders e ferramentas de acesso remoto, permitindo que distribuam uma variedade de malwares conforme seus objetivos. Isso exige que as empresas implementem políticas de segurança mais rígidas e monitorem continuamente o tráfego da nuvem em busca de comportamentos maliciosos.
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